sábado, 19 de junho de 2010

...Parte II...

“...eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.” Mt 2: 13






Egito. Sempre que minha memória se remete ao Egito sou tomado por um ar de mistério, fico tentando imaginar aquelas dunas de areia, lembro-me da grande e imponente Esfinge, e também dos hieróglifos, particularmente sou apaixonado pelos hieróglifos, mas apesar de tudo isso em meu coração esta gravado como esta nação é tomada pelo ocultismo, pelo paganismo, pela adoração ao sol, pela crença na divindade de homens, pela sedução espiritual que paira entre seus desertos.



Na Bíblia não é diferente, quase sempre que o Senhor trazia juízo sobre alguém, lá estava o Egito como forma de exemplo, quando não estava metido no meio das maldições, a verdade é que as margens do Nilo se construiu uma civilização alheia a Deus, um povo voltado para suas vaidades, gente que marcou profundamente a nação de Israel, já que foram os anos sob o domínio do Egito anos de muita dor. Entretanto foi o Egito a nação escolhida para guardar Jesus da fúria de Herodes.



Muito do que Deus falou ao meu coração nesta relação de Reis Magos ( Parte I), Egito e paganismo além de me exortar a fazer de mim um lugar para os propósitos de Deus, me trouxe ao coração a graça e esperança do entendimento de que nem sempre os planos de Deus pras nossas Vidas serão compreendidos, sim, ou nós os perseguiremos ou outros os procurarão com morte, assim também foi com Cristo, o Pai ainda mandou que José se demorasse ali no Egito, o que nos diz que, se necessário, Deus levantará o Egito para salvar seus planos para nós e em nós, Ele fará do Egito o lugar para nos alimentar, nos guardar Vida, fazer os primeiros dias da promessa serem reais, sem que o Egito corrompa o alicerce, pois para os planos de Deus sempre há esperança, e, o mais lindo da esperança é saber que o Pai, que renova nossa esperança, é em nós a própria EsPeRanÇa!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

...Parte I...

“e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo” Mt 2:2




Existem pessoas que esperam do céu a direção para viver, fazem leitura das estrelas e dos astros para assim discernir os tempos e os modos, foram estes que vieram receber o Messias, os Magos do Oriente. Belém era governada por Herodes, que por sua vez detinha em seu poder todo o conhecimento sobre a lei através dos doutores dela, ele sabia da promessa do Messias, sabia que cedo ou tarde um seria levantado para o trono, e este não era como a grande maioria, este era o Cristo, a promessa do Pai aos homens, o Rei mais digno do trono do que qualquer outro já existente.



Entretanto, nessa história toda encontramos este elemento surpresa, essa coisa sem sentido: Deus, o Rei dos judeus, sendo recebido por homens do oriente, adoradores dos astros, pagãos. Os magos conseguiram se sensibilizar ao nascimento de Jesus, entenderam que deviam ir adorá-lo, levaram presentes para Ele e se renderam à sua majestade, esses homens receberam do sobrenatural de Deus, foram visitados por anjos e fizeram parte do maior plano já ostentado no coração de Deus para os homens, Deus encarnado a nós.



Herodes com toda sua pompa passou e não viu o Senhor, os doutores zelaram por conhecer a promessa escrita mas não tiveram um encontro com o verbo encarnado, nenhum judeu compareceu para adorá-lo, não renderam presentes, não perceberam que no meio deles era chegado o Messias, continuaram a viver os seus dias, sustentaram seus tronos e até usaram da morte para tanto, mas não perceberam o Senhor, não conseguiram discerni-lo, fizeram da terra para qual Ele estava prometido, terra de morte, permitiram que pagãos honrassem o seu próprio Deus, fizeram do dia do nascimento do Rei dos reis um dia banal.


domingo, 6 de junho de 2010

...Prazer, me chamo Rafael...

O adorador é um filho que entende que é amado. E quem ama sorri, e mesmo quando chora, adora e se entrega.

Adelita Consthância Jr.:




...No crepúsculo...

-Prazer, me chamo Rafael.

(Silêncio)

-Estou escondido, sabe? Escondido de meu Pai, e isso é o mais triste.

Quer dizer, eu gosto de estar perto Dele, de sentar ao seu lado e apenas observa-Lo ser meu Pai, mas eu confesso: Em algum lugar, andaram botando as mãos no meu sentido em estar aqui do lado Dele, e eu nem sei como isso foi acontecer.

(Olhar agressivo)

-Todo dia eu tento sair deste lugar distante, afinal, eu não quero estar distante. Mas eu não consigo achar a saída deste jardim labirinto, saio de um corredor e caio logo em outro, corro e me debato contra a cerca viva, e no final eu ainda estou aqui, escondido, em algum lugar.

Parado, olho para os céus, já está escurecendo, o frio já caiu, a garoa fina molha meu rosto, meu cansaço já não posso evitar.

(Lágrimas)

-Dentro de mim verdades entram em conflito, alicerces lutam para permanecer vivos. Em silêncio eu luto para acreditar, sim, eu busco a forma menos impactante para manter minhas convicções em pé, reúno as forças que ainda estão vivas, e, firme continuo a esperar dos céus a resposta do socorro.

...Um brilho no olhar...

-E apesar de tanta duvida, uma coisa eu tenho aprendido com as nuvens, e isso é: Por mais negras que elas possam estar se tornando, e por mais frio que elas possam permitir que os ventos venham me trazer uma coisa é certa, o céu todo é maior que este jardim, sim, ele é bem maior que este labirinto no qual eu vim parar, e isso me leva acreditar que ainda vale a pena, vale a pena esperar, pois antes que anoiteça as estrelas viram me guiar, elas seram o caminho... Meu caminho para junto do Pai.

O menino ergue a cabeça e continua a lutar...